Reflexão sobre a apresentação do livro “Água, Arquitetura e Património Termal nas Caldas das Taipas”
Ontem assistimos à apresentação de um livro dedicado a parte da história de Caldas das Taipas, com especial enfoque nas Termas e em tudo o que daí se desenvolveu ao longo do tempo. Foi uma sessão muito agradável, marcada pelos esclarecimentos do autor, que demonstrou profundo conhecimento da história local e de pormenores que só quem dedica tempo, paixão e rigor à investigação poderia trazer à luz.
A este senhor – o autor António José de Oliveira – e a todos os que, de alguma forma, contribuíram para dar “vida” a esta obra, deixamos o nosso sincero agradecimento e reconhecimento.
Contudo, não podemos deixar de apontar uma crítica: a postura dos representantes políticos locais. Para além do atual presidente da Câmara, que aproveitou o momento para um discurso mais político do que de valorização do autor, apenas se fizeram presentes representantes do partido CHEGA – o candidato à Câmara Municipal de Guimarães, Nuno Vaz Monteiro, e o candidato à Junta de Freguesia de Caldas das Taipas, Ezequiel Lopo.
Foi notória a ausência de candidatos de outros partidos, que poderiam e deveriam marcar presença neste tipo de iniciativas, enriquecendo o debate e demonstrando verdadeiro interesse pela vida cultural e histórica da nossa Vila. Lamentamos que, tantas vezes, a preocupação maior pareça ser apenas a corrida aos votos, e não o envolvimento genuíno com a identidade e a memória coletiva das Taipas.
Viver as Taipas e honrar o nosso passado não pode resumir-se a momentos de campanha política.
É também reconhecer e valorizar a nossa história, para que, a partir dela, saibamos pensar e construir um futuro melhor.





